REFLEXÕES SOBRE O NOTÓRIO SABER E SEU PESO EM AÇÕES EXTENSIONISTAS DE ENSINO DE LÍNGUAS
Palavras-chave:
Notório saber, Extensão universitária, Formação docente inicialResumo
Com a curricularização da extensão por meio da Resolução nº 7 do Conselho Nacional de Educação, em 18 de dezembro de 2018, observou-se um aumento da visibilidade das ações extensionistas. Dentre estas, a oferta do ensino de línguas, geralmente uma das atividades de extensão mais comuns entre os cursos de licenciatura em Letras, que, muitas vezes, adota o critério do notório saber para selecionar os extensionistas que atuarão como professores de idiomas. O objetivo deste trabalho é convidar à reflexão coletiva sobre as implicações da utilização de tal critério na formação docente inicial, bem como na constituição do reconhecimento da profissão do professor. Para tanto, emprega como metodologia a autoetnografia (SANCHES, 2017; ONO, 2017), uma vez que se embasa nas experiências vividas pela própria autora/pesquisadora, no percurso que a levou de professora de escolas de idiomas privadas a licenciada em Letras Português-Espanhol. Os dados que emergiram foram analisados de maneira crítica e reflexiva, a partir das leituras de estudos sobre o notório saber e a formação do professor (MACEDO, 2017; MACHADO, 2021). Em se tratando de um convite à reflexão, não há considerações terminativas, mas pode-se concluir que, embora possa se configurar como um espaço para a desvalorização da profissão docente, o notório saber também pode ser visto como uma abertura para que se desperte o interesse pela profissão por parte de quem antes não a via como possibilidade, desde que sejam oportunizados espaços para reflexão sobre o trabalho e a formação do professor no interior das ações extensionistas que visam o ensino de línguas.
Referências
BRASIL. Resolução nº 7, de 18 de dezembro de 2018. Disponível em: https://link.ufms.br/Y0CIt. Acesso em: 4 de jul. 2023.
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MACEDO, Jussara Marques de. Reconhecimento do notório saber e a inclusão excludente do professor na educação básica: qual o lugar da universidade na formação? RPGE–Revista on line de Política e Gestão Educacional, v.21, n.esp.2, p.1239-1259, nov. 2017. Disponível em: https://link.ufms.br/BZEzy. Acesso em: 26 jun. 2023.
MACHADO, Lucília Regina de Souza. Políticas de formação de professores: notório saber e possibilidades emancipatórias. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 15, n. 31, p. 51-64, jan./abr. 2021. https://link.ufms.br/Qe6T8. Acesso em: 26 jun. 2023.
ONO, Fabrício Tetsuya Parreira. A formação do formador de professores: uma pesquisa autoetnográfica na área de língua inglesa. 2017. Tese (Doutorado em Estudos Lingüísticos e Literários em Inglês) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017. doi:10.11606/T.8.2017.tde-12052017-153239. Disponível em: https://link.ufms.br/Gk0Ca. Acesso em: 7 jun. 2023.
SANCHES, Gabriel Jean. As contribuições da autoetnografia na formação do professor pesquisador In: LAU, Héliton Diego; MICHALKIEWICZ, Zuleica Aparecida (Orgs.). Pesquisar em tempos de resistência: a balbúrdia de quem faz Linguística Aplicada. São Paulo: Pimenta Cultural, 2019. E-book. Disponível em: https://link.ufms.br/jnEZO. Acesso em: 7 jun. 2023.
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