FORMAÇÃO DE PROFESSORES KAINGANGS E A LICENCIATURA INDÍGENA

OS DESAFIOS DE UM CURSO DA UAB

Autores

  • Rodrigo de Moraes Pereira Universidade Federal de Santa Maria
  • Alcir Luciany Lopes Martins universidade federal de Santa Maria https://orcid.org/0000-0001-7329-5151
  • Vanessa Ribas Fialho universidade federal de Santa Maria
  • Sílvia Natercia Pedrozo Viana universidade federal de Santa Maria https://orcid.org/0009-0007-2277-7645

Palavras-chave:

Licenciatura Indígena, EaD, Indianização, Tecnologia, Avaliação Institucional

Resumo

Este artigo relata a atuação da Coordenadoria de Tecnologia Educacional da UFSM (CTE/UFSM) junto ao curso de Licenciatura em Educação Indígena UAB/UFSM. De modo geral, trata-se de uma descrição informativa de atividades de apoio ao curso, realizadas com a participação de servidores da CTE/UFSM. Atendendo exclusivamente estudantes da etnia Kaingang de diferentes territórios e áreas indígenas do Rio Grande do Sul, o curso teve início no ano de 2019, em cinco polos de Apoio Presencial da UAB do estado. Além de dificuldades estruturais, limites de conectividade e de acesso aos recursos e equipamentos tecnológicos enfrentados pelos estudantes, a oferta do curso foi impactada pela Pandemia de Covid-19. Várias dificuldades no desenvolvimento do curso foram evidenciadas no relatório elaborado em 2021, pela Comissão Setorial de Avaliação da CTE/UFSM, a partir dos dados obtidos pela Avaliação Institucional. Articulando esforços com a Coordenação do Curso, a CTE/UFSM desenvolve ações e direciona investimentos para atender ao curso e as demandas dos estudantes kaingangs. A experiência relatada situa a Licenciatura em Educação Indígena nos marcos da história da escolarização indígena e das lutas dos povos originários por uma educação diferenciada. As considerações que finalizam o presente relato apontam dificuldades concretas na implementação do curso e indicam a urgência não só de investimentos e recursos financeiros, mas de um processo de reflexão pedagógico e metodológico que efetive a indianização da Universidade. Por fim, o relato também indica que o acompanhamento e apoio nos processos de avaliação e reconhecimento do curso, proporcionaram compreensão e entendimento das especificidades relativas ao curso, proporcionando aos servidores envolvidos, uma aproximação das temáticas e questões indígenas, de maneira ampla, além da formação de professores e da escolarização indígena. 

Biografia do Autor

Rodrigo de Moraes Pereira, Universidade Federal de Santa Maria

Graduação em Administração - Bacharelado pela UNOPAR(2021). Especialização em EaD e Tecnologias Digitais pela UNOPAR(2023). Assistente em administração  na CTE/PROGRAD/UFSM.

Alcir Luciany Lopes Martins, universidade federal de Santa Maria

Mestrado em Ciências Sociais pela UFSM (2014). Doutorando em Educação no Programa de Pós-Graduação em Educação da UFSM. Técnico-Administrativo em Educação na CTE/PROGRAD/UFSM.

Vanessa Ribas Fialho, universidade federal de Santa Maria

Doutorado em Letras pela Universidade Católica de Pelotas (2011). Professor Associado Nível 2 da Universidade Federal de Santa Maria.

Sílvia Natercia Pedrozo Viana, universidade federal de Santa Maria

Graduação em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal de Santa Maria (2002). Especialização em Direito do Trabalho pela Universidade Gama Filho (2010). Graduanda em Letras Licenciatura - habilitação em Espanhol e Literaturas pela Universidade Federal de Santa Maria. (em andamento)

Referências

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988.

BRASIL. Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais. Disponível em https://link.ufms.br/BmAuB. Acesso em: 29 ago. 2023.

BRASIL. Resolução CNE/CEB no. 5, de 22 de junho 2012. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena na Educação Básica. MEC/CNE/CEB, 2012.

LUCIANO, Rosenilda Rodrigues de Freitas; SIMAS, Hellen Cristina Picanço; GARCIA, Fabiane Maia. Políticas públicas para indígenas: da educação básica ao ensino superior. INTERFACES DA EDUCAÇÃO, [S. l.], v. 11, n. 32, p. 571–605, 2020. DOI: 10.26514/inter.v11i32.4009. Disponível em: https://link.ufms.br/eAhpR. Acesso em: 15 ago. 2023.

UFSM em Números. Disponível em https://link.ufms.br/8yPpJ. Acesso em: 29 ago. 2023

Wiesemann, Ursula Gojtéj Kaingang - Português | Português - Kaingang Dicionário / Ursula Gojtéj Wiesemann; Curitiba : Editora Evangélica Esperança, 2002 Título do original: Kaingang - Português Dicionário Bilingue ISBN 978-85-86249-61-7 Disponível em https://link.ufms.br/HFLPC. Acesso em: 29 ago. 2023

Downloads

Publicado

15-01-2024

Como Citar

de Moraes Pereira, R., Luciany Lopes Martins, A., Ribas Fialho, V., & Natercia Pedrozo Viana, S. (2024). FORMAÇÃO DE PROFESSORES KAINGANGS E A LICENCIATURA INDÍGENA: OS DESAFIOS DE UM CURSO DA UAB. SUD, 9. ecuperado de https://submissao-esud.ufms.br/home/article/view/155

Edição

Seção

ESUD2023_Relatos de Experiência | Trilha Temática I - Políticas Públicas, regulamentação e institucionalização